O Rio de Janeiro vive uma escalada preocupante na violência armada em 2025. Apenas nos primeiros 15 dias do ano, o estado registrou 135 tiroteios, um aumento de 36% em relação ao mesmo período de 2024, quando ocorreram 99 incidentes. Os dados são do Instituto Fogo Cruzado, que também apontou um aumento significativo no número de mortos e feridos: 36% a mais de óbitos e impressionantes 106% no total de feridos.

Entre os 70 baleados mapeados até o momento, 35 perderam a vida e 35 ficaram feridos. No mesmo período do ano passado, os 43 baleados incluíam 26 mortos e 17 feridos, destacando a gravidade da situação atual.
Operações Policiais e Conflitos entre Facções
Dos 135 tiroteios registrados neste ano, 47 ocorreram durante operações ou ações policiais, que resultaram em oito mortes e 24 pessoas feridas. Outros 15 tiroteios foram causados por disputas territoriais entre grupos armados, que deixaram quatro mortos e três feridos.
Entre as vítimas, três eram agentes de segurança, dos quais dois morreram e um ficou ferido. O levantamento também registrou oito pessoas atingidas por balas perdidas, incluindo duas mortes e seis feridos.
Regiões Mais Impactadas
A zona norte da cidade concentrou 43% dos tiroteios, com 58 ocorrências. Entre os bairros mais afetados, Vila Isabel se destacou negativamente com nove tiroteios registrados. A região é marcada por conflitos intensos no Morro dos Macacos, palco de disputas entre facções criminosas pelo controle territorial. Esses confrontos têm colocado moradores em situação de risco constante, com impactos diretos na rotina e na sensação de segurança da população local.
Reação e Preocupação
Autoridades locais e especialistas em segurança manifestaram preocupação com a intensificação da violência armada. Aumento nas ações policiais, disputas entre facções criminosas e a presença crescente de armas de fogo ilegais são apontados como fatores que contribuem para o cenário.
“A violência na região metropolitana do Rio é um reflexo da falta de controle sobre o tráfico de armas e drogas, aliado à ausência de políticas públicas consistentes para enfrentar o problema a longo prazo”, avaliou um especialista em segurança pública.
A situação reforça a necessidade de medidas urgentes para conter a violência armada no estado, garantindo maior segurança para a população fluminense.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br