Capa da revista Time com montagem de Elon Musk sentado na mesa presidencial do Salão Oval da Casa Branca, em 7 de fevereiro de 2025. — Foto: Divulgação/ Time
A revista Time divulgou nesta sexta-feira (7) a capa de sua próxima edição digital com uma montagem de Elon Musk sentado na cadeira presidencial da Casa Branca. A imagem ilustra uma reportagem que analisa o impacto do bilionário no governo de Donald Trump e questiona os riscos de seu poder.
O papel de Musk no governo Trump
Musk, CEO da Tesla, SpaceX e proprietário da rede social X, lidera o recém-criado Departamento de Eficiência Governamental dos EUA (DOGE, na sigla em inglês). O órgão, estabelecido por Trump, tem como principal missão cortar gastos públicos e reduzir a burocracia governamental.
A Time afirma que Musk exerce um controle inédito sobre a máquina pública, operando sem uma estrutura oficial e sem prestar contas a órgãos reguladores. “Nenhum cidadão privado teve tanto poder dentro do governo dos EUA”, destaca a publicação.
Cortes e polêmicas: USAID na mira
Um dos exemplos citados na reportagem envolve a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), responsável por programas humanitários. Após críticas de Musk sobre a transparência da agência, o DOGE pressionou para acessar documentos confidenciais. Diante da recusa, Musk defendeu publicamente o fechamento da USAID. Dias depois, Trump anunciou uma suspensão temporária da agência.
A decisão pode afetar projetos globais, incluindo assistência alimentar e programas de desenvolvimento. A Time alerta que os cortes podem gerar impacto direto em cidadãos americanos, especialmente fazendeiros que vendem insumos para iniciativas da USAID.
Trump defende Musk e rebate críticas
O presidente Trump elogiou o trabalho de Musk e afirmou que sua equipe está combatendo fraudes e desperdícios no governo. “Ele está fazendo um ótimo trabalho. Descobriu corrupção, e isso é só o começo”, declarou.
No entanto, Trump também enfatizou que Musk precisa de aprovação do governo antes de implementar qualquer mudança significativa. “Ele não pode fazer o que quiser sem permissão”, reforçou.
A Time questiona até que ponto essa relação de poder pode impactar o funcionamento do governo. “O perigo de um homem não eleito ter esse controle irrestrito está se tornando evidente”, alerta a reportagem.