O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (26.fev.2025) a imposição de uma tarifa geral de 25% sobre produtos importados da União Europeia (UE). A medida, revelada durante a primeira reunião de gabinete de seu segundo mandato, visa reduzir o que o republicano considera práticas comerciais injustas por parte do bloco europeu.
Trump criticou a política comercial da UE e afirmou que os europeus dificultam a entrada de produtos americanos, enquanto os Estados Unidos mantêm um mercado aberto. “Eles realmente tiraram vantagem de nós de várias maneiras. Eles não aceitam nossos carros, basicamente não aceitam nossos produtos agrícolas. Usam todo tipo de justificativa para barrá-los, enquanto nós aceitamos tudo o que vem deles”, declarou.
O republicano também reforçou que qualquer tentativa de retaliação da UE será ineficaz. “Somos o pote de ouro, somos o mercado que todo mundo quer. Eles podem tentar retaliar, mas nunca será uma retaliação bem-sucedida, porque, se for preciso, simplesmente paramos de comprar. E, se isso acontecer, nós vencemos”, acrescentou.
União Europeia promete reação imediata
A União Europeia respondeu prontamente à ameaça tarifária. Em comunicado, a Comissão Europeia declarou que o bloco reagirá de forma “firme e imediata” caso os Estados Unidos imponham barreiras ao comércio. “A UE sempre protegerá empresas, trabalhadores e consumidores europeus de tarifas injustificadas”, afirmou um porta-voz do bloco.
Desde que reassumiu a presidência, em 20 de janeiro, Trump tem intensificado sua retórica protecionista, reforçando sua visão de que os EUA são tratados de forma desigual no comércio internacional. Antes mesmo de tomar posse, ele já havia ameaçado elevar tarifas sobre produtos europeus caso o bloco não aumentasse as importações de petróleo e gás dos Estados Unidos.
A nova medida pode agravar as tensões comerciais entre Washington e Bruxelas, afetando setores estratégicos da economia de ambos os lados. Especialistas apontam que a escalada tarifária pode gerar impactos significativos no comércio global, influenciando preços e afetando cadeias produtivas.
Fontes:
poder360.com.br
cnnbrasil.com.br
g1.globo.com