O Museu da Imagem e do Som (MIS) de Copacabana, inaugurado com grandes promessas de se tornar um marco cultural da cidade, virou motivo de piada e frustração entre os cariocas. Iniciado em 2010, o projeto de R$ 68,8 milhões, que deveria ser concluído em 2012, ainda segue inacabado. Atualmente, com 80% da obra pronta, a construção parece ser uma eterna promessa para os moradores da região, que apelidaram o local de “Ainda Estou Aqui”, em referência ao filme vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional, que reflete a lentidão da obra.
O Retorno das Obras e os Problemas Estruturais
Em setembro de 2024, o consórcio Copacabana retomou as obras internas do MIS, com a previsão de conclusão para julho de 2025. Contudo, o avanço é lento. Embora o projeto arquitetônico tenha sido inspirado nas formas e morros cariocas, o prédio, hoje cercado de tapumes e redes de proteção, apresenta graves problemas. Ferrugem e infiltrações comprometem o progresso, e o custo total da obra, inicialmente estimado em R$ 70 milhões, já ultrapassa R$ 190 milhões devido aos atrasos e sucessivos contratos.
Reclamações dos Moradores e Visitas de Autoridades
Moradores da área criticam a demora na obra. Camila de Moraes, síndica de um prédio próximo, lamenta a transformação do local em um “elefante branco”. Para ela, seria melhor ter mantido o antigo edifício da boate Help, que fez parte da história de Copacabana. Já Horácio Magalhães, presidente da Sociedade Amigos de Copacabana, defende que a obra foi retomada e que a população está desinformada sobre os avanços. Em uma visita recente, Magalhães verificou os progressos e garantiu que as intervenções internas, como acústica e instalações elétricas, estão em andamento.
A Situação Atual e Expectativas Futuras
De acordo com a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, as obras internas envolvem a conclusão de diversos sistemas, como ar-condicionado, pressurização das escadas e sistema de incêndio. A fachada também passará por revitalização, com a instalação de novos vidros e elementos metálicos. No entanto, os cidadãos ainda estão céticos em relação aos prazos, dada a longa história de adiamentos.
Fontes: diariodorio.com/oglobo.globo.com