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O copiloto do helicóptero da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Marques Monteiro, de 45 anos, foi baleado na cabeça durante a Operação Torniquete nesta quinta-feira (20), na Vila Aliança, zona oeste da capital. Ele foi levado ao Hospital Municipal Miguel Couto, onde permanece internado em estado gravíssimo.
Desdobramentos da Operação Torniquete
A ação policial tinha como objetivo prender uma quadrilha especializada em roubos de vans, responsável por prejuízos superiores a R$ 5 milhões ao setor de transporte turístico do estado em 2024. Durante a operação, intensos tiroteios foram registrados na região, com barricadas em chamas dificultando a atuação das forças de segurança.
Seis suspeitos foram presos, incluindo o líder da organização criminosa, flagrado em conversas coordenando assaltos e negociando veículos roubados. A quadrilha atuava de forma organizada, com funções bem definidas entre batedores, roubadores, receptadores e responsáveis pelo desmanche dos veículos.
Críticas à ADPF das Favelas
A Polícia Civil associou o ataque ao helicóptero à ADPF das Favelas, decisão do STF que estabelece regras para operações policiais em comunidades. A corporação afirmou que as restrições ao uso de aeronaves aumentaram em mais de 300% os ataques a helicópteros desde a implementação da medida.
“Equipamentos que antes inibiam ações criminosas tornaram-se alvos diretos dos bandidos, que usam armamentos de guerra para enfrentar as forças de segurança”, declarou a Polícia Civil em nota.
O julgamento sobre a continuidade da ADPF está marcado para o próximo dia 26 no Supremo Tribunal Federal.
Histórico de Ataques a Aeronaves
Este não é o primeiro ataque contra aeronaves policiais no estado. Em fevereiro, um helicóptero do Grupamento Aeromóvel da Polícia Militar foi atingido por disparos e precisou realizar um pouso forçado no Comando Naval da Marinha, na Penha, zona norte do Rio. Felizmente, nenhum policial ficou ferido na ocasião.
Fonte: cnnbrasil.com.br/folha.uol.com.br