A XLI Assembleia Geral da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) teve início nesta segunda-feira (24), no Palácio da Cidade, em Botafogo, reunindo mais de 100 representantes de cidades de Angola, Cabo Verde, China, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Este é o primeiro encontro da UCCLA no Rio de Janeiro após mais de 25 anos.
O vice-prefeito Eduardo Cavaliere destacou, durante a abertura, a importância do evento para estreitar laços entre as cidades lusófonas. “Reafirmamos nosso compromisso com a cooperação entre as cidades de língua portuguesa, o desenvolvimento sustentável e a valorização da nossa herança comum”, afirmou Cavaliere. Ele também lembrou que o Rio de Janeiro será a primeira cidade de língua portuguesa a receber o título de Capital Mundial do Livro pela Unesco, em 2025.
Além do vice-prefeito, participaram da cerimônia o secretário-geral da UCCLA, Luís Álvaro Ferreira, o presidente do Conselho Municipal de Maputo, Rasaque Manhique, o embaixador Laudemar Aguiar, o secretário municipal de Cultura, Lucas Padilha, e outros membros da Prefeitura do Rio.
Parcerias e Memórias Culturais
O evento, que segue até terça-feira (25), contou com a assinatura de um memorando de entendimento entre as cidades do Rio de Janeiro e Maputo (Moçambique). Este acordo visa ampliar a cooperação nas áreas de educação, cultura e turismo, aprofundando a parceria que une as duas cidades desde 2013.
Um dos focos principais do evento é a cultura, especialmente no contexto do programa Rio Capital Mundial do Livro, que será lançado oficialmente em 23 de abril. O tema “Rio de Janeiro e a Cultura em Língua Portuguesa” será debatido em painéis com a presença do secretário de Cultura, Lucas Padilha.
Além disso, a recepção aos participantes da UCCLA contou com a exposição “O Rio em Três Tempos”, apresentada pelo Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro. A mostra reúne obras dos cronistas Jean Baptiste Debret, Augusto Malta e Marcello Cavalcanti, oferecendo um resgate visual da história da cidade. “Essa exposição é fundamental para o resgate e a preservação do patrimônio cultural do Rio de Janeiro”, comentou Padilha.
Visitas e Memória Afro-Brasileira
No segundo dia da assembleia, os participantes terão a oportunidade de conhecer marcos históricos do Rio, como o Centro de Operações do Rio (COR), o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB), o Instituto Pretos Novos (IPN) e o Cais do Valongo. As visitas visam reforçar o compromisso das cidades lusófonas com a preservação e valorização da memória afro-brasileira.
Fontes: prefeitura.rio