Pesquisar
ALERJ - Transforma sua vida

Ex-presidente foi detido em Maceió para cumprir pena de 8 anos e 11 meses. Decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes e será analisada pelo plenário do STF.

Foto: Jorge William
O ex-presidente Fernando Collor foi preso na madrugada desta sexta-feira (25), em Maceió (AL), após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão, relacionada a um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na BR Distribuidora, surpreendeu parte da opinião pública devido ao atual contexto de desmonte da Operação Lava Jato.

Segundo a decisão, Collor foi condenado a oito anos e onze meses de reclusão em regime fechado, além de 90 dias-multa. A ação é um desdobramento da Lava Jato e refere-se a crimes cometidos entre 2010 e 2014. Nesse período, Collor, então senador pelo PTB, teria recebido R$ 20 milhões em propinas para viabilizar contratos da BR Distribuidora com a empreiteira UTC Engenharia.

Esquema envolveu influência política e empresários aliados

De acordo com a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2015, Collor indicava e mantinha diretores na estatal em troca de vantagens indevidas. Os empresários Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos e Luís Pereira Duarte de Amorim foram apontados como operadores do esquema. Ambos também foram condenados.

Ramos, por exemplo, foi sentenciado a quatro anos e um mês de prisão em regime semiaberto. Amorim recebeu penas alternativas. A delação premiada de Ricardo Pessoa, ex-presidente da UTC, foi peça-chave para a acusação.

Decisão de Moraes é levada ao plenário do STF

A defesa de Collor informou que ele se dirigia voluntariamente a Brasília no momento da prisão. No entanto, a custódia ocorreu às 4h, em Maceió, e ele permanece na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana.

A decisão de Moraes será analisada nesta sexta-feira (25) pelo plenário virtual do STF, entre 11h e 23h59. Todos os 11 ministros devem votar. Apesar dos embargos apresentados pela defesa desde a condenação em 2023, o relator negou os recursos. A defesa ainda tentava reduzir a pena, utilizando votos de ministros como Dias Toffoli e André Mendonça.

Toffoli, inclusive, defendeu que a pena de corrupção passiva fosse de apenas quatro anos e 80 dias-multa. Ainda assim, Moraes manteve a condenação original.

Contexto político e questionamentos sobre critérios do STF

A prisão de Collor levanta dúvidas em meio às decisões do STF que, recentemente, têm anulado provas e reduzido penas de outros réus da Lava Jato. Diversos políticos e empreiteiros foram beneficiados por entendimentos que apontaram irregularidades na condução dos processos.

Apesar disso, o STF manteve a linha dura no caso de Collor. Para muitos analistas, é preciso que a Corte explique os critérios que diferenciam os tratamentos dados a acusados em situações semelhantes.

Collor, que governou o Brasil entre 1990 e 1992, renunciou em meio a um processo de impeachment. Desde então, foi senador por Alagoas de 2007 até 2023. No episódio atual, além da pena de prisão, Collor deverá pagar multa e indenizar a União em R$ 20 milhões. Também está proibido de exercer cargos públicos por 17 anos e 8 meses.

Fontes:
terra.com.br
oglobo.globo.com
noticias.uol.com.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você também pode gostar

Brasil fica no Grupo C com Marrocos, Haiti e Escócia. Estreia será diante dos africanos, no dia 13 de junho. Mundial terá 48 participantes pela primeira vez

Vítima foi achada pela PM no bairro Iguaba Pequena com ferimentos de arma de fogo no rosto e nas pernas; caso é tratado como homicídio doloso.

Últimas notícias
IMAGENS PARA O SITE
Coordenadora pedagógica é presa suspeita de torturar crianças em creche de Copacabana

Dcav afirma que suspeita sufocava, agredia e isolava alunos. Prisão ocorreu no Méier.

IMAGENS PARA O SITE (13)
Réveillon Rio 2026 terá maior espetáculo de fogos da história, 1.200 drones e 13 palcos com atrações inéditas

Com 13 palcos espalhados pela cidade, o Réveillon 2026 promete a maior festa de Ano Novo do mundo com novidades tecnológicas, megashows e ocupação hoteleira acima de 65%.

IMAGENS PARA O SITE (12)
Motorista morre após arrastão terminar em tiroteio entre criminosos e policiais penais em Benfica

Vítima foi rendida por criminosos antes de ser atingida no confronto; viatura da Seap foi alvejada e um suspeito acabou preso após ser baleado.