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O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil pode alcançar crescimento de 3% até o final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2026. A projeção foi apresentada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta segunda-feira (5), durante conferência do Milken Institute, em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Segundo Haddad, esse avanço será possível se o governo mantiver o plano econômico adotado após a eleição de 2022. “O Brasil pode crescer a uma taxa mínima de 3%, com base nos projetos que já estão em andamento”, declarou.
Projeções do FMI reforçam otimismo
O ministro destacou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou sua projeção para o crescimento potencial da economia brasileira. “Antes o FMI estimava 1,5%, agora subiu para 2,5%”, afirmou Haddad. Ele acrescentou que o governo acredita em um avanço ainda maior até 2026.
Mesmo diante de tensões comerciais internacionais, como a guerra tarifária promovida por Donald Trump, Haddad afirmou que o Brasil pretende estreitar relações com os Estados Unidos. “Nos aproximamos durante o governo Biden e faremos o mesmo com Trump”, disse.
IA pode turbinar PIB até 2035
Além das políticas econômicas atuais, o Brasil pode ver um salto adicional no PIB de até 13 pontos percentuais até 2035 com a adoção de inteligência artificial (IA). É o que revela um estudo da consultoria PwC. O impacto global previsto chega a 15 pontos percentuais — algo comparável à revolução industrial.
O levantamento mostra que empresas de 17 dos 22 principais setores econômicos estão sob forte pressão para se reinventarem. Apenas em 2025, cerca de US$ 7,1 trilhões em receitas podem ser redistribuídas globalmente. No Brasil, esse valor pode chegar a US$ 130 bilhões (R$ 715 bilhões).
Confiança e governança serão essenciais
No entanto, o estudo alerta: os benefícios da IA dependem de sua aplicação responsável. A ausência de governança e de confiança da sociedade pode reduzir o impacto positivo para apenas 1 ponto percentual no mundo. No Brasil, essa redução poderia limitar o crescimento a 0,6%.
Mesmo com desafios como o aumento do consumo de energia, a PwC acredita que o uso eficiente da IA pode compensar os efeitos colaterais. Um cenário intermediário, com menor confiança, levaria a um ganho de 8 pontos percentuais no mundo e 6,5% no Brasil.
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