Um casal foi morto e um bebê ficou em estado gravíssimo após o carro da família ser fuzilado na Avenida Brasil, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na noite de segunda-feira (8). O ataque ocorreu na altura do Viaduto Oscar Brito, em Campo Grande, quando o veículo foi atingido por dezenas de disparos. O homem, identificado como Yuri Garcez Honorato, e uma mulher ainda não identificada morreram no local. A criança, baleada nas pernas, foi socorrida por populares e levada ao Hospital Municipal Pedro II.
O crime aconteceu por volta das 23h, em um dos trechos mais movimentados da Avenida Brasil, via expressa que cruza bairros dominados por conflitos entre facções e milícias. Testemunhas relataram ter ouvido diversos disparos antes de encontrar o carro branco parado no canteiro central, crivado de balas na lateral, no vidro traseiro e no para-brisa.
Equipes da Polícia Militar, do Batalhão de Vias Expressas e da Polícia Rodoviária Federal chegaram rapidamente ao local e isolaram a área para o trabalho da perícia. O Corpo de Bombeiros foi acionado pouco depois da meia-noite, confirmando a morte do casal ainda no interior do veículo.
Condição do bebê
O bebê, que estava no banco traseiro, foi atingido por dois tiros na perna. Pessoas que passavam pela região prestaram socorro imediato e levaram a criança para o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz. A equipe médica informou que o pequeno paciente passou por cirurgia de emergência e permanece em estado gravíssimo. O Conselho Tutelar acompanha o caso.
Identificação das vítimas e destino dos corpos
O motorista, Yuri Garcez Honorato, foi reconhecido por familiares no local do crime. A mulher que estava ao seu lado ainda não teve a identidade oficialmente confirmada. Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), no Centro do Rio, onde passarão por exames periciais.
Investigação em andamento
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) assumiu as investigações. Os agentes analisam imagens de câmeras de segurança instaladas ao longo da Avenida Brasil e realizam diligências para identificar possíveis veículos envolvidos na ação. Testemunhas estão sendo ouvidas.
A polícia trabalha com a hipótese de execução, mas ainda não descarta outras linhas de investigação. A região, marcada por conflitos armados, já registrou ataques semelhantes em meses anteriores.
A DHC reforçou que denúncias anônimas podem ser feitas ao Disque Denúncia, canal essencial para a identificação dos criminosos e esclarecimento da motivação