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Projeto de Mario e Carolina Moscatelli será discutido pela Câmara com o vice-prefeito, após polêmica envolvendo corte de vegetação.

Foto: Divulgação/Mario Moscatelli

A Lagoa Rodrigo de Freitas pode receber, em breve, um centro de apoio à fauna silvestre. O projeto, criado pelo biólogo Mario Moscatelli e pela arquiteta Carolina Moscatelli, será apresentado pelo vereador Flavio Valle ao vice-prefeito Eduardo Cavaliere, em reunião voltada à conservação do sistema lagunar. A iniciativa ganhou força após Moscatelli denunciar, nas redes sociais, o corte de vegetação nativa, inclusive mangues-vermelhos, realizado pela prefeitura.

Valle afirmou que também levará um requerimento de informação para esclarecer as razões da poda. O biólogo destacou que a supressão comprometeu um trabalho de restauração ambiental iniciado há mais de três décadas.

Centro atenderia emergências e reduziria deslocamentos

O centro de apoio busca agilizar o atendimento veterinário de animais que vivem na Lagoa, como capivaras e aves. Hoje, a patrulha ambiental responsável pela região atua a partir do Parque Marapendi, no Recreio dos Bandeirantes, a cerca de 35 quilômetros de distância. Esse deslocamento prolongado dificulta resgates emergenciais e reduz as chances de sobrevivência dos animais feridos.

Moscatelli citou um caso ocorrido em dezembro de 2024, quando uma capivara machucada não recebeu atendimento a tempo. A equipe de resgate chegou ao local depois que o animal entrou na água, impossibilitando a abordagem. Para ele, o episódio demonstra a urgência de uma estrutura fixa na Zona Sul.

Estrutura ecológica e logística avançada

Segundo o projeto, o centro seria instalado próximo à colônia de pescadores e ao núcleo de educação ambiental da Secretaria Estadual do Meio Ambiente. A localização estratégica permitiria deslocamentos rápidos por barco entre os deques da Lagoa.

A proposta inclui dois módulos habitáveis de 6 metros de comprimento, feitos com painéis termoacústicos produzidos a partir de plástico reciclado. Os módulos ficariam suspensos sobre blocos de concreto, o que preservaria sua vida útil e manteria espaço para circulação de pequenos répteis. Um carro elétrico ficaria disponível para deslocamentos terrestres da equipe.

Histórico de recuperação ambiental

O processo de restauração dos manguezais da Lagoa começou em 1989, sob coordenação de Moscatelli. Desde o plantio inicial de 4.500 mudas, a vegetação recuperada ganhou capacidade de autorregeneração e ampliou sua área naturalmente ao longo das décadas.

O biólogo reforça que o projeto só sairá do papel com apoio institucional da prefeitura e investimento da iniciativa privada, condições essenciais para manter a estrutura e garantir atendimento contínuo à fauna local.

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