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Facção estaria recrutando membros nos Estados Unidos e ampliando a rota de tráfico internacional de drogas e armas. Cooperação busca combater crimes em ambos os países.

PM faz operação no Complexo da Penha para impedir avanço de traficantes para favelas na Zona Oeste do Rio — Foto: Fabiano Rocha

Governo do RJ e EUA unem forças contra o Comando Vermelho

A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro está negociando com o governo dos Estados Unidos o reconhecimento do Comando Vermelho (CV) como uma organização criminosa internacional. Documentos obtidos pelo jornal Extra mostram que a cooperação permitirá ações conjuntas contra a facção, que já estaria recrutando integrantes em solo norte-americano e expandindo sua atuação no tráfico de drogas.

O Serviço de Segurança Diplomática (DSS), subordinado ao Departamento de Estado dos EUA, é um dos órgãos envolvidos nas negociações. Desde junho de 2024, o governo estadual e o Consulado americano no Rio vêm trabalhando para fortalecer essa parceria. A proposta inclui investigações sobre tráfico de drogas, terrorismo, corrupção e tráfico de pessoas. Caso seja assinada, a cooperação terá duração de quatro anos, com revisões anuais.

Preocupação dos EUA com tráfico e armamento ilegal

As autoridades americanas demonstram grande preocupação com as rotas de cocaína controladas pelo CV, principalmente no norte do Brasil. Por outro lado, o governo fluminense alerta para a entrada de armas ilegais no estado, já que 70% dos fuzis apreendidos no Rio têm origem nos Estados Unidos ou passam por lá antes de chegarem ao Brasil.

O secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, confirmou que há indícios de recrutamento do CV dentro dos EUA. “Estamos trabalhando nessa informação de inteligência. O Comando Vermelho vê os Estados Unidos como um mercado imenso para o tráfico de drogas”, afirmou.

Impacto do reconhecimento internacional da facção

Caso seja formalmente classificado como uma organização criminosa transnacional, o CV poderá ser alvo de sanções financeiras nos Estados Unidos, o que impactaria diretamente suas operações de lavagem de dinheiro. “Os americanos estão muito avançados na recuperação de ativos. No Brasil, ainda estamos engatinhando nesse aspecto. Sem atacar a estrutura financeira dessas facções, a luta se torna mais difícil”, explicou Santos.

Além disso, essa designação abriria caminho para ações mais severas contra integrantes da facção que operam fora do Brasil. A Polícia Militar do Rio já sugeriu o envio de relatórios detalhados sobre as atividades internacionais do Comando Vermelho para embasar o acordo de cooperação com os EUA.

Atuação conjunta, mas com limitações

Apesar do acordo, forças de segurança americanas não terão poder de polícia no Brasil, assim como as autoridades brasileiras não poderão atuar nos Estados Unidos. “Eles vão atuar como cooperadores e observadores em operações conjuntas”, esclareceu o secretário.

O Primeiro Comando da Capital (PCC) já foi reconhecido como uma organização criminosa atuante nos EUA. Agora, o mesmo status pode ser aplicado ao Comando Vermelho, ampliando as ações internacionais contra a facção carioca.

Fontes:
oglobo.globo.com
extra.globo.com
g1.globo.com
terra.com.br

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