Em janeiro, o Rio de Janeiro apresentou a quinta menor inflação no setor de alimentação no domicílio, entre as 16 unidades da federação pesquisadas pelo IBGE. O índice de inflação de alimentos e bebidas, focado nos produtos vendidos em supermercados, subiu 0,81%, abaixo da média nacional, que foi de 1,07%, e a menor na Região Sudeste.
Este foi o segundo mês consecutivo de desaceleração nos preços, em comparação com dezembro (+1,00%) e novembro (+1,81%). No entanto, a inflação de alimentos e bebidas teve impacto no índice geral fluminense, que voltou a registrar alta de 0,06% em janeiro.
O setor de alimentação no domicílio também desacelerou em nível nacional, com o aumento de 1,07% em janeiro, embora tenha sido o quinto mês consecutivo de inflação. A tendência de desaceleração é observada em todo o Brasil, refletindo a queda nos preços de alguns itens e o aumento de outros.
Fábio Queiróz, presidente da ASSERJ, ressaltou que, embora o setor tenha aliviado a pressão sobre a inflação, os preços ainda permanecem elevados. Ele citou a quebra de safra do café no Brasil e a gripe aviária nos Estados Unidos como fatores que impactam os preços de alimentos como café e ovos.
Em janeiro, os alimentos e bebidas que mais influenciaram a inflação no Rio de Janeiro foram: frango em pedaços (+1,81%), alcatra (+2,50%), café (+6,01%), biscoito (+1,81%) e açúcar (+0,93%). Em contrapartida, itens como arroz (-2,40%), pão francês (-0,48%), leite longa vida (-0,31%), queijo (-0,33%) e refrigerante e água mineral (-1,11%) registraram queda nos preços.
Além de alimentos e bebidas, os artigos de higiene pessoal também registraram aumento de preços em janeiro (+0,65%). Itens como produto para cabelo (+1,74%), sabonete (+2,73%) e fralda descartável (+0,67%) foram os principais responsáveis por essa inflação. No entanto, produtos como desodorante (-0,18%), higiene bucal (-0,62%), papel higiênico (-1,68%) e absorventes (-1,51%) tiveram queda.
Já os artigos de limpeza apresentaram preços praticamente estáveis em janeiro no Rio de Janeiro, com um aumento de apenas 0,02%. Itens como amaciante (+0,76%), detergente (+0,08%) e desinfetante (+1,57%) ajudaram a puxar a inflação do setor, enquanto sabão em pó (-0,06%), papel toalha (-0,76%) e sabão em barra (-3,03%) apresentaram queda nos preços.
Fontes: asserj.com.br/diariodorio.com