A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, iniciou um novo ciclo de demissões e cortará cerca de 3.600 funcionários. A empresa busca substituir profissionais de baixo desempenho por talentos voltados para a inteligência artificial (IA). Os funcionários nos Estados Unidos receberam notificações por e-mail e terão pacotes de indenização, incluindo 16 semanas de salário fixo e benefícios adicionais.
Segundo Mark Zuckerberg, CEO da Meta, os cortes fazem parte de uma estratégia para aumentar a eficiência da empresa e impulsionar investimentos em IA. A companhia pretende gastar centenas de bilhões de dólares em infraestrutura para inteligência artificial nos próximos anos.
A Meta não é a única a adotar essa abordagem. Um relatório do Fórum Econômico Mundial revelou que 41% das empresas globais planejam substituir funcionários por IA nos próximos anos. Nos Estados Unidos, esse percentual pode chegar a 48%, acelerando o impacto da automação no mercado de trabalho.
IA está transformando o mercado de trabalho
A automação e a IA têm remodelado diversos setores, exigindo novas habilidades dos trabalhadores. Enquanto algumas funções desaparecem, outras passam por adaptações. Profissões ligadas à entrada e análise de dados, contabilidade e design gráfico são as mais impactadas.
A pesquisa do Fórum Econômico Mundial mostra que 77% das empresas pretendem capacitar funcionários para operar com IA, enquanto 47% planejam realocar empregados para novas áreas. Especialistas destacam que a tecnologia não eliminará empregos de forma massiva, mas mudará a forma como as funções são executadas.
No setor financeiro, os cortes podem ser ainda mais severos. Um estudo da Bloomberg Intelligence estima que bancos poderão reduzir 200 mil empregos nos próximos cinco anos devido à automação. Cerca de 25% das instituições bancárias esperam cortar de 5% a 10% de sua força de trabalho por conta da eficiência da IA na análise de dados.
Habilidades essenciais para o futuro do trabalho
Com o avanço da inteligência artificial, os profissionais precisarão desenvolver competências que a tecnologia não pode substituir. Entre as habilidades mais valorizadas estão:
- Criatividade: a capacidade de inovar e propor novas ideias seguirá indispensável.
- Colaboração: trabalhar em equipe continuará sendo um diferencial competitivo.
- Adaptabilidade: a capacidade de aprender novas ferramentas rapidamente será crucial.
Empresas que investirem na capacitação de funcionários poderão integrar a IA sem prejudicar sua força de trabalho. Já os profissionais que souberem aproveitar a tecnologia como aliada terão mais chances de se destacar no mercado.
Fontes:
investnews.com.br
correiobraziliense.com.br