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Pesquisadora Mariane Fontes lidera estudo inovador para alívio da dor em pacientes com neuropatia periférica, efeito colateral comum da quimioterapia.

A neuropatia periférica induzida por quimioterapia, que afeta até 70% dos pacientes em tratamento oncológico, pode finalmente ter um tratamento eficaz. Desde 2018, a oncologista Mariane Fontes, da Oncoclínicas&Co, conduz uma pesquisa pioneira para combater essa condição debilitante. Atualmente na fase dois, o estudo recruta voluntários em diversas partes do Brasil, com destaque para a unidade da Oncoclínicas Botafogo, no Rio de Janeiro.

A neuropatia periférica ocorre quando quimioterápicos, como os taxanos, causam danos ao sistema nervoso. Isso resulta em dormência, dor e dificuldades para realizar tarefas cotidianas, como segurar objetos ou escovar os dentes. Em casos mais graves, a perda de movimento pode ocorrer.

Mariane Fontes explica que até 40% dos pacientes apresentam sintomas a longo prazo, impactando negativamente a qualidade de vida. “A quimioterapia é crucial no tratamento do câncer, mas os efeitos colaterais, como a neuropatia, muitas vezes forçam ajustes na dosagem ou até a interrupção do tratamento. Nosso estudo busca uma solução que permita continuar os cuidados oncológicos sem prejudicar o bem-estar dos pacientes”, afirma a médica.

Resultados Promissores e Próximos Passos

Na primeira fase da pesquisa, realizada com 24 pacientes, foi testado o PSP Neuro Serum, um creme tópico aplicado nas mãos. Os resultados indicaram uma melhora em 44% dos participantes, com um aumento para 64% entre os pacientes tratados com taxanos. Com esses resultados, a segunda fase foca exclusivamente em pacientes que fazem uso de taxanos. Neste estágio, os participantes serão randomizados para receber o medicamento ou placebo, a fim de confirmar a eficácia dos resultados iniciais.

O estudo recruta agora 52 pacientes e pretende incluir participantes de unidades de saúde públicas e privadas, incluindo o Sistema Único de Saúde (SUS). “A pesquisa tem grande potencial para transformar a vida de milhares de pessoas, visto que, até o momento, não existem alternativas terapêuticas específicas para a neuropatia periférica”, ressalta Mariane.

Reconhecimento Internacional

Os avanços da pesquisa foram apresentados em 2022 no congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO), um dos mais prestigiados eventos sobre câncer no mundo. “A relevância da nossa investigação é imensa, pois pode representar uma mudança significativa para os pacientes que sofrem com a neuropatia periférica”, complementa a oncologista.

Como Participar do Estudo

O estudo está aberto a pacientes com 18 anos ou mais, que estejam em tratamento com taxanos. Os interessados devem procurar uma das nove unidades participantes para avaliação. No Rio de Janeiro, as consultas são realizadas na Oncoclínicas Botafogo, localizada na Praia de Botafogo, nº 300, 4º e 10º andar.

A participação no estudo dura cerca de um mês, com três visitas à clínica e uma avaliação adicional 30 dias após o término. O estudo está aberto a pacientes de unidades públicas e privadas.

Fontes: diariodorio.com/grupooncoclinicas.com

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