Foto: PMERJ/Divulgação/Arquivo
A Polícia Federal prendeu, na manhã desta sexta-feira, dois sargentos da Polícia Militar do Rio de Janeiro suspeitos de repassar informações sigilosas sobre operações policiais. Um dos presos atua no BOPE, o batalhão de elite da corporação. A operação, chamada Tredo, também apreendeu três veículos e celulares ligados aos investigados.
Os agentes cumprem 11 mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão no Rio e em Mesquita, na Baixada Fluminense. A PF afirma que o objetivo é desarticular um núcleo criminoso formado por agentes públicos infiltrados em estruturas de segurança.
Grupo abastecia o Comando Vermelho com informações privilegiadas
As investigações indicam que policiais militares enviavam dados estratégicos sobre operações planejadas para lideranças do Comando Vermelho. Dessa forma, os criminosos reorganizavam posições e reforços antes das incursões policiais, o que aumentava riscos para tropas e moradores.
Segundo a PF, o grupo atuava de maneira recorrente e sabia exatamente quando e onde as ações policiais ocorreriam. Esse vazamento, portanto, interferia diretamente na execução de operações em diferentes comunidades fluminenses.
Investigação começou com militar da Marinha
A apuração teve início após o compartilhamento de informações sobre um militar da Marinha que fornecia drones e treinava integrantes da facção para operar os equipamentos. A partir desse ponto, os investigadores rastrearam comunicações internas e identificaram policiais militares envolvidos no esquema.
As autoridades afirmam que a investigação segue em andamento e pode revelar outros servidores infiltrados no Estado.
Operação continua
A PF destacou que o cumprimento dos mandados busca ampliar o mapeamento da rede criminosa. A operação deve seguir com análise de dados extraídos dos celulares apreendidos e com o depoimento dos detidos.