O Brasil deve registrar um novo recorde na produção de grãos em 2024/25, com estimativa de 325,7 milhões de toneladas. O volume representa um crescimento de 9,4% em relação à safra anterior, segundo o 5º Levantamento da Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (13). O resultado reflete tanto o aumento de 2,1% na área cultivada, que pode atingir 81,6 milhões de hectares, quanto a recuperação de 7,1% na produtividade média das lavouras, estimada em 3.990 quilos por hectare.
Milho e soja impulsionam o crescimento
A produção de milho deve chegar a 122 milhões de toneladas, alta de 5,5% em relação ao ciclo anterior. A colheita da primeira safra já avançou sobre 13,3% da área plantada, com produtividade média 9,9% superior à de 2023/24. A expectativa para a segunda safra é de crescimento de 6,4%, com produção estimada em 96 milhões de toneladas. O clima favorável tem contribuído para o bom desenvolvimento das lavouras.
A soja também deve alcançar um patamar histórico, com produção prevista de 166 milhões de toneladas, 18,3 milhões a mais que na safra passada. O avanço resulta da combinação entre ampliação da área cultivada e melhora da produtividade. Estados como Paraná, Santa Catarina e parte do Centro-Oeste apresentaram condições climáticas favoráveis. No entanto, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul enfrentaram restrição hídrica desde dezembro.
Arroz e feijão também registram crescimento
A produção de arroz deve alcançar 11,8 milhões de toneladas, alta de 11,4% em comparação com a safra passada. O plantio cresceu 6,4%, e o Rio Grande do Sul, principal produtor do país, segue monitorando os impactos do calor e da falta de chuva em algumas regiões.
Já o feijão deve totalizar 3,3 milhões de toneladas, considerando as três safras. A primeira já tem 47% da área colhida, enquanto as demais estão em fase inicial. A segunda safra pode render 1,46 milhão de toneladas, enquanto a terceira deve alcançar 778,9 mil toneladas.
Algodão e trigo fecham o panorama
A cultura do algodão deve atingir 3,8 milhões de toneladas de pluma, consolidando um novo recorde. A área plantada cresceu 4,8%, e a semeadura já ultrapassou 87% do esperado. No caso do trigo, a estimativa inicial aponta para 9,1 milhões de toneladas. O plantio começa em abril no Paraná e em maio no Rio Grande do Sul, que respondem por 80% da produção nacional.
Impacto no mercado e exportações
O aumento na produção deve impactar o mercado interno e externo. A demanda interna de milho deve atingir 86,9 milhões de toneladas, enquanto as exportações devem recuar levemente para 34 milhões de toneladas devido ao consumo interno aquecido.
Já o arroz deve ampliar sua presença no comércio exterior, com expectativa de exportação de 2 milhões de toneladas. A valorização do grão no mercado internacional pode favorecer os produtores brasileiros.
Fontes:
band.uol.com.br
bpmoney.com.br
globorural.globo.com