Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
A supersafra agrícola de 2025 deve reduzir a inflação dos alimentos no Brasil, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Com uma produção recorde estimada entre 322,6 milhões e 325,7 milhões de toneladas, o aumento da oferta tende a diminuir os preços e beneficiar os consumidores. Além disso, a valorização do real frente ao dólar pode contribuir para a estabilidade econômica.
O ministro destacou que, em 2024, eventos climáticos prejudicaram a produção agrícola e elevaram os preços. No entanto, a expectativa para este ano é mais positiva. “Vai ser uma supersafra, ao contrário do ano passado”, afirmou Haddad. Produtos essenciais, como arroz e feijão, devem ter maior oferta, o que pode ajudar a conter a inflação alimentar, projetada para cair de 8% em 2024 para 6% em 2025.
Impacto no PIB e crescimento econômico
A expansão da safra deve impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB), fortalecendo o setor agropecuário. Em 2024, o PIB brasileiro cresceu 3,4%, um dos maiores do mundo. Para 2025, o Ministério da Fazenda projeta um crescimento mais moderado, em torno de 2,5%.
Haddad destacou que a economia precisa equilibrar oferta e demanda para evitar novas pressões inflacionárias. “A renda das famílias cresceu e, se a oferta não acompanha a demanda, os preços sobem”, explicou o ministro. Manter a inflação controlada será essencial para sustentar o crescimento econômico.
Logística e desafios da supersafra
O escoamento da produção será um fator determinante para que os benefícios da supersafra cheguem ao consumidor. O governo aposta em investimentos em infraestrutura para evitar gargalos logísticos e reduzir custos. A ampliação de armazéns, a modernização do transporte ferroviário e a maior utilização de hidrovias estão entre as estratégias para otimizar a distribuição.
Outro desafio será o custo do transporte agrícola. A alta do diesel pode impactar o frete e dificultar a redução dos preços dos alimentos. Além disso, a valorização do real, embora benéfica para a inflação, pode diminuir a competitividade das exportações brasileiras.
Fontes:
diario.dopovo.com.br
agenciabrasil.ebc.com.br