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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma nova rodada de tarifas sobre produtos estrangeiros, incluindo os do Brasil. Durante discurso no Congresso americano, ele defendeu a taxação como uma resposta a países que, segundo ele, “usam tarifas contra os EUA há décadas”. A decisão impacta também nações como Canadá, China, Índia e União Europeia.
Brasil na mira das tarifas
Trump reforçou que os Estados Unidos não podem continuar aceitando taxas desproporcionais sobre seus produtos. “A União Europeia, China, Brasil, Índia, México e Canadá aplicam tarifas muito mais altas do que nós cobramos deles. Isso é inaceitável”, afirmou o presidente.
A nova taxação, chamada de “tarifa recíproca”, entra em vigor a partir de 2 de abril. O governo americano alega que alguns países impõem taxas superiores a 100% sobre produtos dos EUA, o que justificaria a adoção dessa política protecionista.
Impactos e reações globais
As novas tarifas já provocam reações internacionais. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, chamou a medida de “absurda” e anunciou retaliações, elevando impostos sobre produtos americanos em até 25%. A China também respondeu com taxações sobre alimentos e restrições comerciais para empresas dos EUA.
O governo mexicano, por sua vez, indicou que medidas retaliatórias serão divulgadas nos próximos dias. Já a União Europeia e a Índia estudam ações para minimizar os efeitos da taxação.
Repercussão no Brasil
O impacto das novas tarifas sobre a economia brasileira ainda não foi detalhado. O governo federal acompanha a situação, mas ainda não anunciou possíveis respostas. Especialistas alertam que setores exportadores podem ser prejudicados, especialmente aqueles que dependem do mercado americano, como o agronegócio e a indústria metalúrgica.
Efeito sobre a economia americana
Embora Trump defenda as tarifas como estratégia para fortalecer a economia dos EUA, analistas alertam para um possível aumento da inflação e um repasse de custos para os consumidores americanos. Um estudo da Universidade Yale indica que as medidas podem gerar um custo adicional de até US$ 2 mil por família nos Estados Unidos.
O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que o governo negocia alternativas para minimizar os impactos internos. Ele sugeriu que algumas tarifas podem ser flexibilizadas, mas descartou uma retirada completa da taxação.
Fonte: oglobo.globo.com/cnnbrasil.com.br