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Pesquisa mostra apoio majoritário às Forças Armadas após megaoperação com 121 mortos; maioria também quer mais responsabilidade federal no combate ao crime.

Foto:  Reprodução internet

A pesquisa Datafolha revela que 76% dos moradores do Rio de Janeiro e Região Metropolitana defendem a atuação do Exército na segurança pública. O levantamento foi realizado logo após a Operação Contenção, a mais letal já registrada no país, com 121 mortos.

Além disso, 72% acreditam que a ação deveria ter contado com apoio direto das Forças Armadas, reforçando a percepção de que o Estado precisa de mais recursos para conter o avanço das facções criminosas.

O instituto entrevistou 626 pessoas, por telefone, nos dias 30 e 31 de outubro. A margem de erro é de quatro pontos percentuais.

Pressão por mudanças na legislação

A discussão sobre responsabilidades federais e estaduais cresceu após críticas do governador Cláudio Castro (PL) ao governo federal, alegando falta de apoio logístico, como blindados da Marinha.

Segundo o Datafolha:

  • 66% defendem mudança na legislação para ampliar o papel da União na segurança;
  • Entre quem considerou a operação mal executada, esse número sobe para 77%;
  • 55% dos eleitores de Bolsonaro apoiam a mudança;
  • Entre os eleitores de Lula, o índice chega a 75%.

Esses números mostram que a pauta ganha força independentemente da polarização política.

Apoio varia conforme avaliação do governo

Quem aprova a gestão de Castro tende a defender mais a presença militar:

Avaliação do Governo CastroA favor do Exército
Ótimo/Bom (40% do total)86%
Ruim/Péssimo (34% do total)64%

Mesmo entre críticos, portanto, há maioria favorável à atuação das Forças Armadas nas comunidades.

Histórico do Exército nas ruas do Rio

O uso de tropas militares no estado não é novo. Algumas intervenções marcaram períodos recentes:

  • Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016
  • Intervenção Federal em 2018, comandada por Braga Netto
  • Ocupações no Alemão e Penha, como em 1995 e 2010

Apesar do apoio popular, episódios graves também mancharam operações militares, como o assassinato de Evaldo Rosa e Luciano Macedo em 2019, quando 257 tiros foram disparados.

Debate continua acalorado no cenário político

O ministro Ricardo Lewandowski chegou a afirmar que o governador deveria assumir responsabilidades ou “jogar a toalha”. Dias depois, ambos anunciaram a criação de um escritório nacional para combater o crime organizado no Rio.

Castro, por sua vez, reforça que a Operação Contenção foi um sucesso e articula, com governadores aliados, o chamado “Consórcio da Paz”.

Atualmente, 38% da população avaliam a operação positivamente.

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