A Justiça do Rio de Janeiro homologou, na tarde deste domingo, o plano de recuperação judicial do Vasco da Gama, confirmando a validade da assembleia de credores que aprovou a proposta e autorizando oficialmente a reestruturação financeira do clube. A decisão representa um marco no processo de reorganização das dívidas do cruzmaltino.
Plano aprovado e assembleia validada
A sentença ratificou a Assembleia Geral de Credores realizada em outubro, na qual a maioria aprovou o plano de pagamento apresentado pelo Vasco. Apesar de questionamentos judiciais que alegavam supostas irregularidades, como falta de quórum e condutas abusivas, a magistrada entendeu que não houve prejuízo concreto aos credores.
Segundo a decisão, inclusive, o autor de uma das impugnações votou favoravelmente ao plano, o que enfraqueceu os argumentos apresentados contra a validade da assembleia.
Decisão em caráter de plantão
A homologação foi concedida em regime de plantão judiciário, pouco antes do início da final da Copa do Brasil, e assinada pela juíza Caroline Rossy Brandão, responsável pela análise do processo.
Na avaliação da magistrada, o plano respeita os requisitos legais e passou por controle rigoroso de legalidade, além de contar com pareceres técnicos e manifestação do Ministério Público.
Trecho da decisão
Na sentença, a juíza destacou a aprovação expressiva dos credores e a regularidade do procedimento:
“Considerando a aprovação do plano por maioria expressiva dos credores das recuperandas na Assembleia Geral de Credores realizada em 09/10/2025, cujos efeitos aguardavam a necessária chancela judicial, concedo a recuperação judicial e homologo o plano de recuperação judicial.”
Impacto para o Vasco
Com a homologação, o Vasco passa a ter segurança jurídica para executar o plano, reorganizar seus compromissos financeiros e seguir operando dentro das regras estabelecidas na recuperação judicial. O clube busca, com a medida, equilibrar as contas, preservar atividades esportivas e garantir sustentabilidade a médio e longo prazo.
A decisão também reduz riscos de bloqueios e disputas judiciais imediatas, criando um ambiente mais estável para negociações com credores e planejamento administrativo.