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União Europeia e Ucrânia exigem participação no processo de paz e criticam decisão unilateral de Washington e Moscou.

Encontro entre o ditador da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente dos EUA, Donald Trump, à margem da cúpula dos líderes do G20 em Osaka, Japão, em 2019 (Foto: EFE/ Michael Klimentyev/sputnik/kremlin)

A proposta de paz entre Rússia e Ucrânia sugerida por Donald Trump e Vladimir Putin gerou forte reação internacional. A União Europeia e o governo ucraniano afirmaram que qualquer negociação precisa incluir Kiev, rejeitando a possibilidade de um acordo imposto unilateralmente.

Trump e Putin discutem fim da guerra

Em um telefonema de uma hora e meia, Trump e Putin concordaram que a guerra na Ucrânia pode ser encerrada por meio de negociações pacíficas. O Kremlin confirmou a conversa e destacou que ambos os líderes demonstraram “vontade política” para encontrar uma solução.

Segundo Dmitry Peskov, porta-voz do governo russo, os dois presidentes planejam um encontro presencial, possivelmente na Arábia Saudita, para iniciar as tratativas. No entanto, Peskov negou que tenham discutido detalhes como um cessar-fogo imediato ou a suspensão de sanções.

Trump também afirmou que a Ucrânia não será admitida na Otan e que Kiev deverá ceder territórios ocupados pela Rússia, o que intensificou a rejeição à proposta.

Rejeição europeia e ucraniana

Líderes europeus condenaram a tentativa de um acordo sem consulta à Ucrânia. Kaja Kallas, chefe da diplomacia da UE, declarou que “qualquer acerto rápido será um acordo sujo” e garantiu apoio total a Kiev caso Zelenski decida resistir.

O chanceler ucraniano Andrii Sibiha reforçou que “nada pode ser discutido sobre a Ucrânia sem a Ucrânia”. Ele também reiterou a necessidade da entrada do país na Otan para garantir sua segurança a longo prazo.

Zelenski enfrenta crise interna

Enquanto a discussão internacional se intensifica, a situação política de Zelenski dentro da Ucrânia também se agrava. O presidente sancionou Petro Porochenko, seu antecessor e um dos principais adversários políticos, congelando seus bens sob a acusação de ameaça à segurança nacional. O gesto gerou críticas de opositores, que alegam tentativa de perpetuação no poder.

Por outro lado, a economia reagiu positivamente às notícias. O rublo atingiu seu patamar mais alto desde setembro e os títulos soberanos da Ucrânia em dólar também valorizaram.

Futuro das negociações

A próxima etapa das conversas ocorrerá na Conferência de Segurança de Munique, onde Zelenski e o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, discutirão os desdobramentos. No entanto, a resistência europeia e ucraniana pode dificultar qualquer acordo entre Washington e Moscou.

Enquanto isso, os combates continuam no leste da Ucrânia. O exército russo anunciou a captura de mais uma cidade na região, aumentando a pressão sobre Kiev.

Fontes:
g1.globo.com
folha.uol.com.br
gazetadopovo.com.br

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