(Alfredo ESTRELLA/AFP)
A recente decisão do Google de mudar o nome do Golfo do México para “Golfo da América”, como determinado pela administração de Donald Trump, gerou uma reação imediata do governo mexicano. A presidente Claudia Sheinbaum, em uma declaração pública, revelou que enviou uma carta ao CEO do Google, Sundar Pichai, expressando a oposição do México à alteração da nomenclatura.

Na carta, Sheinbaum argumenta que o nome “Golfo do México” tem raízes históricas profundas e é amplamente reconhecido internacionalmente. O termo tem sido utilizado desde o início do século XVII e é aceito por países de diferentes continentes, incluindo os Estados Unidos, desde sua independência em 1776. A presidente mexicana destacou que a mudança unilateral de nomenclatura não respeita os princípios de acordos internacionais sobre a denominação de áreas geográficas compartilhadas.
Em defesa da decisão, o Departamento do Interior dos EUA explicou que o novo nome reflete a importância econômica da região para o país, especialmente nas indústrias de comércio, energia e navegação. O Golfo do México, que banha três países — México, EUA e Cuba —, é considerado um ponto estratégico devido à sua relevância para as economias locais.
Embora a mudança tenha efeito apenas no Google Maps nos Estados Unidos, a preocupação do governo mexicano é com o impacto da plataforma no uso do nome globalmente. Com a importância do Google Maps como ferramenta de navegação mundial, Sheinbaum ressaltou que mudanças geográficas em hidrovias internacionais devem ser debatidas e decididas por organismos internacionais, e não por decisões unilaterais de um único país.
O Google justificou sua ação dizendo que seguirá a prática de adotar mudanças de nome baseadas em fontes oficiais do governo, como o Geographic Names Information System (GNIS), que será a base para essa alteração. No entanto, a empresa também confirmou que, fora dos EUA, o nome “Golfo do México” continuará sendo exibido no serviço.
Fonte:
veja.abril.com.br
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