Foto: bennybriolly/Instagram
Na madrugada de sexta-feira, 2 de maio de 2025, a ativista trans Dannelly Rocha, conhecida como Danny, de 38 anos, foi encontrada morta em sua residência no bairro da Lapa, região central do Rio de Janeiro. Danny trabalhava como cozinheira na CasaNem, um centro de acolhimento para pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade social.
Segundo relatos, Danny foi vista entrando em casa acompanhada de um homem ainda não identificado. Horas depois, o homem saiu sozinho do local. Posteriormente, Danny foi encontrada sem vida. A Polícia Civil está investigando o caso, mas até o momento não divulgou informações adicionais.
Reações e Mobilização
A deputada estadual Danieli Balbi (PCdoB-RJ) expressou indignação nas redes sociais, cobrando uma investigação rigorosa. “Queremos saber quem é. Queremos investigação séria. Queremos justiça”, afirmou. A vereadora de Niterói, Benny Briolly (PSOL), também exigiu esclarecimentos, destacando a necessidade de combater a violência contra pessoas trans.
Atuação na CasaNem
Danny desempenhava um papel fundamental na CasaNem, organização fundada em 2016 por Indianarae Siqueira. A CasaNem oferece abrigo, alimentação e atividades de capacitação para pessoas LGBTQIA+ expulsas de casa ou em situação de rua. Projetos como o PreparaNem e o KuzinhaNem visam promover inclusão e autonomia para essa população.
Violência Contra Pessoas Trans no Brasil
Dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) indicam que o Brasil continua sendo um dos países mais perigosos para pessoas trans. Em 2024, foram registrados 122 assassinatos de pessoas trans e travestis, sendo 117 mulheres trans ou travestis. Apesar de uma redução em relação a 2023, o número ainda é alarmante, e a maioria dos casos permanece impune.
Fonte: brasildefato.com.br