O Trem do Corcovado, uma das principais atrações turísticas do Rio de Janeiro, processou a Light, fornecedora de energia elétrica, alegando danos materiais e morais devido a falhas no fornecimento de energia. A ação judicial foi movida em resposta a um apagão que ocorreu em 24 de janeiro e paralisou o funcionamento do famoso trem que leva os turistas até o Cristo Redentor.
Durante o episódio, uma interrupção de energia na Subestação das Paineiras deixou turistas presos no alto do Corcovado por cerca de três horas. Além disso, passageiros que não puderam embarcar foram reembolsados pela empresa. A falha no fornecimento gerou uma série de prejuízos, tanto financeiros quanto reputacionais, para o Trem do Corcovado. O processo, que também exige R$ 110 mil em compensação, foi confirmado pelo advogado Gabriel de Britto Silva, sócio do escritório Brito e Lamego Advogados, que representa a companhia.
Histórico do Trem do Corcovado e dependência da Light
O Trem do Corcovado, inaugurado em 1884, foi a primeira ferrovia eletrificada do Brasil e da América Latina. Inicialmente, o transporte operava com locomotivas a vapor, mas, em 1910, foi eletrificado, tornando-se pioneiro em tecnologia no país. Desde então, a Light é responsável pelo fornecimento de energia elétrica à operação do trem.
Porém, a administração do Trem do Corcovado tem enfrentado cortes frequentes de energia em sua área de operação, localizada em uma zona de preservação ambiental. Devido a essas interrupções recorrentes, a empresa tem sido obrigada a interromper temporariamente suas atividades, o que prejudica o funcionamento do transporte turístico e a experiência dos passageiros.
Problemas constantes de fornecimento de energia
Em sua ação judicial, o Trem do Corcovado alega que os apagões recorrentes geram impactos financeiros consideráveis, já que o transporte recebe de 5 mil a 10 mil passageiros por dia. A companhia também aponta que esses cortes de energia afetam diretamente a imagem da empresa, com os turistas responsabilizando o Trem do Corcovado pelos problemas.
Além disso, devido à localização do trem em área de preservação ambiental, a empresa não tem permissão para instalar uma subestação de energia própria, tornando-se completamente dependente da Light para o fornecimento de eletricidade. Isso tem resultado em situações de estresse tanto para os passageiros quanto para os gestores da companhia.
Fontes: odia.ig.com.br