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Clube busca estabilidade financeira após crise com a 777 Partners e endividamento elevado.

O Vasco da Gama formalizou o pedido de recuperação judicial para sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e para o clube social. O processo, protocolado na 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) na última segunda-feira (24), visa reorganizar uma dívida estimada em R$ 1,4 bilhão. A medida pretende criar previsibilidade financeira e atrair novos investidores.

A diretoria vascaína garantiu que os investimentos no futebol e o pagamento de salários continuarão normalmente. O clube conta com a consultoria da Alvarez & Marsal e escritórios especializados em direito empresarial para conduzir o processo.

Por que o Vasco escolheu a recuperação judicial?

A recuperação judicial permitirá ao clube suspender execuções de dívidas e renegociar prazos e descontos com credores. Cruzeiro e Coritiba já utilizaram esse mecanismo com sucesso. Diferente desses clubes, o Vasco precisará incluir sua SAF no processo, pois grande parte do endividamento da associação foi transferida à empresa durante a venda para a 777 Partners, em 2022.

Antes de optar pela recuperação judicial, o clube tentou o Regime Centralizado de Execuções (RCE), que exigia o repasse de 20% das receitas mensais para quitar dívidas. No entanto, o aumento da taxa de juros tornou o modelo insustentável, obrigando a diretoria a buscar uma alternativa para reduzir o passivo.

O impasse com a 777 Partners

O pedido de recuperação ocorre meses após a 777 Partners ser afastada do controle da SAF. Desde maio de 2024, o Vasco retomou a gestão da empresa por meio de uma liminar que apontou problemas financeiros dos investidores americanos. A 777 contesta a decisão e tenta suspender o processo de recuperação judicial até o julgamento definitivo da liminar, previsto para 12 de março.

Próximos passos e possíveis desdobramentos

Com o pedido formalizado, a Justiça analisará a documentação e poderá homologar o processo. Caso aprovado, as execuções e penhoras contra o Vasco serão suspensas, permitindo ao clube elaborar um plano de pagamento para os credores. Em geral, clubes de futebol que adotam essa estratégia conseguem descontos de até 80% nas dívidas e prazos de pagamento de até dez anos.

A proposta precisará ser aprovada pela maioria dos credores. Caso contrário, a SAF do Vasco pode enfrentar um cenário extremo, como a falência da empresa e o leilão de seus bens. No entanto, essa situação nunca ocorreu com clubes brasileiros que passaram pela recuperação judicial.

Fontes:
portalaz.com.br
odia.ig.com.br
ge.globo.com

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